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“Mydhas”, um deus da mitologia grega.
“Mydhas” adorava o ouro, tanto que o seu maior desejo era que tudo o que viesse a tocar pudesse ser transformado neste precioso metal. Assim, orou aos deuses do olimpo para que seu sonho fosse realizado. Inesperadamente foi atendido. Desconhecendo que o poder recebido dos deuses não se limitava somente às coisas materiais, beijou sua própria filha e a transformou em ouro. Ainda se recuperando da grande perda, sentiu uma grande fome e foi beber e comer, resultado: o alimento também se transformou em ouro. Foi uma maneira muito dura para “Mydhas” aprender que a vida não se limita somente ao ouro, ao contrário, aquilo que tem um valor bem maior na vida natural, não tem ligação nenhuma com o ouro.
Este, então era o sonho do deus “Mydhas” , transformar tudo o que pudesse tocar em ouro.
O ciclo histórico existencial do homem se repete. No instante em que as ilusões da ambição tem um encontro com o poder do sobrenatural ou do milagre surgem, por abiogênese, os “Mydhas existencialistas”. Esta mesma utopia se repete hoje na chamada Teologia da Prosperidade Material. São os desejos materiais e consumistas de “Mydhas” projetados nas confissões positivas (como que se existisse fé negativa no evangelho) e nas pseudo piedades. Desta forma todos os que são servidos por esta Teologia fraudulenta ou que, de alguma forma, por ela vivam, experimentarão a amargosa maldição de “Mydhas”; sim, terão êxito, mas destruirão e perderão suas almas. Como bem alertou Jesus:
“Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” (Mateus 16 : 26)
Todo homem que tem o coração de “Mydhas” vive em vacuidade, tudo o que por ventura tocar será objeto material, coberto de ouro é verdade, mas sem vida. “Mydhas” também é um ícone da Teologia da Prosperidade Material.