LÁZARO “É”; O HOMEM RICO “TEM”.

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Em Lucas cap 16.19-21 diz:
“…Ora, havia um homem Rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele; e desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.”
Acredito que esta seja uma das passagens mais conhecidas do Novo Testamento. O que gostaria de destacar é que este episódio não é uma parábola, mas um fato real, pois todas as vezes que Jesus iria pronunciar algo figurado o escritor relatava. Note os detalhes do texto: ” havia um homem rico”, o homem não tem nome, simplesmente ele é “rico”. Não é por acaso que o Mestre faz esta colocação, mas exatamente para nos ensinar uma lição profunda da transitoriedade utópica e ilusória da riqueza. Pessoas que “Tem”, mas não “São”. Ou seja, são dominadas a tal ponto pelas posses que tomam o nome daquilo que tem. Para estes pobres milionários a segurança de ter sobrepõe-se à maravilhosa benção de ser. Enfim, o homem rico, o que só “tem” morre e é sepultado. Para ele é o fim. Por outo lado Lázaro, o “pobre despossuído” tem a dignidade de ser chamado pelo nome, ele não tem, mas “É”. Morre e é levado pelos anjos ao Seio de Abraão, uma metáfora utilizada para nos dizer que : por ser desprendido dos bens materiais este “milionário despossuído” não teve impedimento algum e por sua leveza foi levado pelos anjos às mansões celestiais. Para o “mísero milionário” resta passar no inferno remoendo as oportunidades desperdiçadas quando em vida, pior, assistindo de seu hades existencial a recompensa daqueles que tudo deixaram pelo amor a Cristo e ao próximo. Felizes são os Lázaros feridos que ainda que em sofridão não perdem a esperança no Pai Abraão. Felizes são os despossuídos que entenderam que: “O SENHOR É O MEU PASTOR, NÃO SENTIREI FALTA DE NADA, NEM MESMO DAQUILO QUE O RICO SE ALIMENTA, PREFERIMOS O REFRIGÉRIO DOS CÃES”

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