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Existem três respostas básicas na filosofia que procuram explicar o destino:
O Livre arbítrio (possibilidade de decidir, escolher em função da própria vontade, isenta de qualquer condicionamento, motivo ou causa determinante. É a autonomia do homem em ação, bem como sua responsabilidade pelas suas consequências;
O Determinismo (princípio segundo o qual tudo no universo, até mesmo a vontade humana, está submetido a leis necessárias e imutáveis, de tal forma que o comportamento humano está totalmente predeterminado pela natureza, e o sentimento de liberdade não passa de uma ilusão subjetiva.) e
O Indeterminismo (doutrina segundo a qual a vontade é livre e o livre-arbítrio, com o ato que dele resulta, não é de todo, ou não é de modo algum, determinado por, ou, previsível de causas antecedentes.).
Certo é que não somos seres programáveis, o destino não existe, é simplesmente a coluna onde se apoiam os covardes e os que desistiram da vida, é uma invencionice dos acomodados e daqueles que não querem correr riscos e nem deixar a zona de conforto.
É muito fácil atribuir a Deus o resultado de minhas más escolhas e denominar as consequências de minhas tragédias de vida de destino. Tudo não passa de uma bem engendrada trama que crio para fugir do fato que minha vida é de minha responsabilidade. São vários os sinônimos que criamos para esta irresponsabilidade: sina, fatalidade, sorte, azar ou carma ( no hinduísmo e no budismo, lei que afirma a sujeição humana à causalidade moral, de tal forma que toda ação (boa ou má) gera uma reação que retorna com a mesma qualidade e intensidade a quem a realizou, nesta ou em encarnação futura [A transformação pode dar-se em direção ao aperfeiçoamento ( mocsa, o fim do ciclo das reencarnações) ou de forma regressiva (o renascimento como animal, vegetal ou mineral)]).
Como diz Sanderson Moura: “O que sou fui eu quem criei, e o que serei amanhã estou criando hoje. É do hoje que serão feitos muitos amanhãs”.
A Bíblia é muito clara quando afirma que nosso futuro depende das escolhas que fazemos hoje: Deuteronômio 30.16-20
“…Porquanto te ordeno hoje que ames ao Senhor teu Deus, que andes nos seus caminhos, e que guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos, para que vivas, e te multipliques, e o Senhor teu Deus te abençoe na terra a qual entras a possuir. Porém se o teu coração se desviar, e não quiseres dar ouvidos, e fores seduzido para te inclinares a outros deuses, e os servires, Então eu vos declaro hoje que, certamente, perecereis; não prolongareis os dias na terra a que vais, passando o Jordão, para que, entrando nela, a possuas; Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, Amando ao Senhor teu Deus, dando ouvidos à sua voz, e achegando-te a ele; pois ele é a tua vida, e o prolongamento dos teus dias; para que fiques na terra que o Senhor jurou a teus pais, a Abraão, a Isaque, e a Jacó, que lhes havia de dar….”
Sendo assim, nosso amanhã está inteiramente conectado ao nosso presente. Tal são nossas escolhas hoje, tal será o nosso amanhã, bem como todas as consequências delas. O nosso destino é gerado em nós, como afirma Reiner Rilke: “O destino não vem do exterior para o homem, ele emerge do próprio homem.”
Com relação ao plano da salvação o Senhor Jesus não destinou, ou melhor, predestinou pessoas para serem salvas e outras não. Ele predestinou um “Plano” e quem entrar neste “Plano” está predestinado à salvação.
São nossas escolhas que nos inserem neste plano ou nos excluem dele. A salvação de minha alma e meu arrebatamento na volta do Senhor Jesus dependem de minha aceitação do Seu Santo Evangelho hoje. E, aproveitando a oportunidade, segundo o texto supra citado de Dt 30, foram colocados dois caminhos à nossa frente, o caminho da vida e o caminho da morte, a benção e a maldição, o bem e o mal.
Amado leitor, escolha pois a Vida para que vivas, aceite a Jesus como o seu Salvador e mude o teu destino. Que Deus te abençoe.