A IGREJA PAGÃ

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O termo “Pagão” advém de nossa língua “Mãe”, (latim – paganus), cujo significado é o de uma pessoa que viveu numa aldeia, num dado país, um rústico. O uso mais comum da palavra no latim clássico era utilizado para designar um civil, alguém que não era um soldado. Em torno do século IV, o termo “paganus” começou a ser utilizado entre os cristãos no Império Romano, para se referir a uma pessoa que não era um cristão e que ainda acreditava nos antigos deuses romanos.

Fazendo uma aplicação contextualizada com nossos dias, dentro de uma perspectiva cristã e Bíblica, “Pagão” é todo aquele que, de alguma forma, cultiva e difunde qualquer manifestação religiosa que não se coadune com as Escrituras Sagradas.
Como a igreja se torna “Pagã”? Ou aquilo que não foi projetada para ser?
1) Imantando objetos com poderes místicos ou sagrados (hierofania), transformando-os naquilo que eles não são. Ex: água, rosa, sal e fronhas ungidas, lenços “contaminados” com “suor ungido” (Urrgh) de algum líder. Unções de carros , casas, móveis, quarteirões (marcando território), partes íntimas , etc. Banhos de azeite no intuito de receber a benção sacerdotal dos ícones veterotestamentários, tais como: Abraão, Arão, Moisés etc.
2) Circunscrição Divina geográfica; em outras palavras, acreditar e difundir a ideia de que milagres, “revelações” e cultos só podem ser realizados em locais específicos. Ex: Montes, rios, vales, Jerusalém, Rios, gruta “mística”, na igreja, etc. O Senhor é todo poderoso para realizar milagres, ser adorado, bem como cultuado em qualquer lugar.
Viaje a Jerusalém para agregar conhecimento cultural e histórico e não com a finalidade de cumprir uma missão (tipo “Caminho de Santiago de Compostela Gospel”), fazer uma jornada de “Auto conhecimento”, receber “fluídos” do Sinai ou do “Santo Sepulcro”; será frustrante para ti contemplar um aviso na suposta sepultura de Jesus dizendo:
“ELE NÃO ESTÁ AQUI, JÁ RESSUSCITOU”. Lembre-se de que o Templo do Senhor hoje somos nós. Infelizmente, para muitos cristãos místicos, a Terra Santa virou uma “Dysney” espiritual.
3) Tirando o foco da Palavra de Deus, atribuindo poderes “esfíngico” aos líderes e embasando os dogmas sobre as suas pseudos “Interpretações e Revelações” .
4) Criando doutrinas à partir de versículos isolados fora do contexto. Ex: Se por algum motivo você está muito feliz com o Senhor, sem problemas, pule, saia gritando, glorificando e louvando ao Senhor, tome um pandeiro e saia tocando e dizendo “- Só o Senhor é Deus”, enfim. Entretanto, isso não lhe dá autorização, e nem é base escriturística, para criar um “Ministério de Dança” na igreja, faça-nos um favor. Inclusive, no Novo testamento, a dança está relacionada com a sensualidade, (Mc 6.21-24)
“(…) 21 Chegado, porém, um dia oportuno quando Herodes no seu aniversário natalício ofereceu um banquete aos grandes da sua corte, aos principais da Galiléia,

22 entrou a filha da mesma Herodias e, dançando, agradou a Herodes e aos convivas. Então o rei disse à jovem: Pede-me o que quiseres, e eu to darei.
23 E jurou-lhe, dizendo: Tudo o que me pedires te darei, ainda que seja metade do meu reino.

24 Tendo ela saído, perguntou a sua mãe: Que pedirei? Ela respondeu: A cabeça de João, o Batista. (…)”
5) Fazendo da Igreja uma “Capitania Hereditária”, onde a liderança Pastoral é passada de pai para filho, sogro para genro, avô para neto, etc. A igreja tem um proprietário, e este proprietário não é o pastor, mas Jesus. O Senhor ainda dá pastores para a igreja que ora. Toda igreja que se transformou em um sistema humano tende a manter a perpetuidade familiar.
Lembre-se: “Nenhum sistema é profético e nenhum profeta de Deus pertence ou participa do “Sistema”. (José Gonçalves)
Que o Senhor nos guarde.

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