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No evangelho de Marcos capítulo 3 está registrado um momento muito especial no ministério de Jesus, a escolha de Seus discípulos. O evangelista deixa claro que o Mestre, em sua separação ministerial, “chamou a quem quis”. O que me fascina na Palavra de Deus são os detalhes. Dentre os contemplados para a seara estava o impulsivo Pedro, o destemido Tiago, o amoroso João que, sempre que podia, reclinava-se no peito de Cristo; estava também o vacilante Tomé e outros. Entretanto, no verso 19, o registro dos convocados termina assim: ” – … e Judas Escariotes, o que o havia de entregar”. Isso nos leva a refletirmos: “Como pode Jesus, em sua onisciência, escolher alguém que sabidamente seria um ladrão e traidor? Creio que a resposta repousa no fato de que nosso Senhor, nesta escolha em particular, em seu grande amor, quis dar uma chance de recuperação a Judas. Infelizmente este escolheu o caminho da traição e desgraça. Hoje vivemos um momento semelhante, Jesus escolhe a quem quer para sua obra. Uns como Pedro são impulsivos, outros, como os “filhos do Trovão”, querem estar em suas suntuosas cadeiras, um à direita e outro à esquerda do Cristo e estão na seara somente por aquilo que podem “usufruir e extorquir dela”. Temos ainda os que, como Tomé, até hoje não sabem o que estão fazendo na Igreja, os “Tadeus”, dos quais quase não se comenta, mas estão fazendo diferença e, infelizmente temos que conviver com os Judas Escariotes, ladrões e traidores. Uma coisa é certa, o Mestre nos chamou a todos, entretanto escolher quem seremos, bem, isso é responsabilidade nossa. Que o Senhor nos guarde de vendermos a Jesus.