LOUVADO SEJA O TEMPLO DE SALOMÃO

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Sinceramente, é incompreensível! Como pode um edifício ser tão sagrado a ponto de tornar-se alguma coisa em si mesmo? Tão “santo” e exigente que é capaz de segregar quem pode adentrá-lo, selecionar os “imortais” que contemplarão o seu interior, estabelecer a vestimenta, as horas e as circunstâncias para que se possa se aproximar dele. É sobremaneira místico que seu interior não pode ser fotografado ou filmado.
Aprendemos nas Santas Escrituras que não podemos ter em nossas vidas nenhum outro ente ou coisa que venha a substituir, ou ser objeto de nossa adoração e devoção, a não ser o Senhor.
Com relação ao edifício, o “Templo”, Deus nunca ordenou, em lugar algum da Bíblia, que se fizesse um. Nenhum templo, por maior que fosse, por mais glória que tivesse poderia contê-lo. Não nos esqueçamos, Ele não habita em templo feito por mãos humanas. Construí-lo foi ideia do Rei Davi e, Salomão, seu filho, o executou. Podemos afirmar, sem sombra de dúvidas, segundo os princípios Bíblicos, que o Eterno jamais daria, em nossos dias, uma ordem para a edificação de qualquer abominação templária, “Salomônica”, megalomaníaca e “Nabucodonozoriana”. Isto não passa, mais uma vez, da manifestação do espírito diabólico de competição e ostentação dignos de líderes hereges, completamente dissociados da Verdade do Evangelho de Jesus. São ecos do rebelde e insolente Ninrode, onde o foco não era louvar ao Senhor, mas afrontá-lo e “Fazer um Nome”: Gn 10 8-10:
“8 Cuche também gerou a Ninrode, o qual foi o primeiro a ser poderoso na terra.
9 Ele era poderoso caçador diante do Senhor; pelo que se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor.
10 O princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar.
e Gn 11. 1-4:
1 Ora, toda a terra tinha uma só língua e um só idioma.
2 E deslocando-se os homens para o oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e ali habitaram.
3 Disseram uns aos outros: Eia pois, façamos tijolos, e queimemo-los bem. Os tijolos lhes serviram de pedras e o betume de argamassa.
4 Disseram mais: Eia, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo cume toque no céu, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.(Grifo meu)”

Assim como Ramsés, Quéfren e outros reis com suas obras faraônicas.
O projeto que Jeová deixara para Moisés no Deserto foi o Tabernáculo, mas tudo era apenas um símbolo transitório, uma sombra do ministério Eterno e superior do Messias. Uma tenda simples, despretensiosa, sutil como é a leveza do Evangelho; que se movia (como que profetizando o que o Eterno esperava de nós, tabernáculos Vivos, dinâmicos, não estáticos e improdutivos, como são os edifícios. “Pedras Vivas”, cimentadas, unidas com a argamassa do Espírito Santo de Deus). Assim como no Tabernáculo, a preciosidade não estava na aparência exterior, pois o mesmo não tinha parecer nem formosura, mas na impenetrável glória interior, que ninguém podia contemplar. Assim somos nós, Templos Vivos, habitados pela riqueza incomparável do Pai. Como relatado por Paulo o apóstolo em II Co 4.7:
“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.”
Jesus, por seu turno, não tinha bom relacionamento com os religiosos judeus, muito menos concordava com o que estes fizeram do templo em Jerusalém.
Nos reunimos sim em nossos templos (igrejas), pois é um local onde nos enriquecemos da comunhão uns com os outros, mas não o veneramos. Quem venera o “Templo” é a religião, o sistema humano; o verdadeiro Evangelho nos tira dele e nos impele aos quatro cantos da terra para fazermos as boas obras. Somente Mateus registra uma única vez no capítulo 21 versículo 14 Jesus curando no templo. O lugar do Templo é qualquer local onde dois ou três se reúnem em nome de Jesus. Pode ser na rua, no ônibus, no trem, debaixo da ponte, no palácio, na favela, no avião, no navio ou até em um submarino. O “Templo” hoje sou eu, é você, somos nós.
Infelizmente daqui a alguns dias muitos pobres, manipuláveis, idólatras, cegos e desconhecedores da Palavra do Senhor estarão adentrando pelas portas da escuridão do “Grande Templo”. Tão errantes e iludidos são que não conseguem discernir a voz do Bom Pastor da confusão de vozes babilônicas de Baal e de Mamom. Amados, o lugar do Templo é onde se reúne a Igreja de Jesus, isto muito agrada ao Senhor e tem promessa de ser Eterno. Entretanto, o “Templo” da abominação, pode até imantar a glória terreal, mas muito em breve tudo sucumbirá, dele não restará pedra sobre pedra.

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