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Em Isaias 5.18-24 se lê:
“(…)18 Ai dos que puxam a iniqüidade com cordas de falsidade, e o pecado como com tirantes de carros! 19 E dizem: Apresse-se Deus, avie a sua obra, para que a vejamos; e aproxime-se e venha o propósito do Santo de Israel, para que o conheçamos. 20 Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que põem as trevas por luz, e a luz por trevas, e o amargo por doce, e o doce por amargo! 21 Ai dos que são sábios a seus próprios olhos, e astutos em seu próprio conceito! 22 Ai dos que são poderosos para beber vinho, e valentes para misturar bebida forte; 23 dos que justificam o ímpio por peitas, e ao inocente lhe tiram o seu direito! 24 Pelo que, como a língua de fogo consome o restolho, e a palha se desfaz na chama assim a raiz deles será como podridão, e a sua flor se esvaecerá como pó; porque rejeitaram a lei do Senhor dos exércitos, e desprezaram a palavra do santo de Israel,(…)”
“Não tem nada a ver!”
Esta é a frase mais aplicável na língua portuguesa quando se quer justificar o injustificável, explicar o inexplicável ou, ainda, quando alguém quer criar em torno de si um “campo de força” contra qualquer crítica ou avaliação de atos biblicamente ou socialmente reprováveis.
Jesus nunca disse que seria fácil segui-lo, muito menos permitiu que o seguissem sem que primeiro os pretensos discípulos deixassem redes, pais, riquezas, emprego, a vida, etc. O Evangelho reclama tudo em nós. Enquanto formos dominados por algum “ente” terreno não haverá espaço para a completude de Cristo. Se Jesus não for o Senhor de todo o nosso ser Ele não será o Senhor de nada.
Infelizmente as Igrejas estão crescendo para os lados, mas permanecem anãs, quando avaliadas em sua maturidade no plano vertical, relação Igreja X Deus.
No afã de estabelecerem o “Reino Humano”, os líderes constroem Templos cada vez mais suntuosos, que exaltam mais aos egos megalomaníacos do que ao Senhor. É o “espírito de Herodes” atuando em pleno século XXI. Entretanto, quando consideramos a mensagem pregada nestes redutos, percebe-se como os sermões estão desconectados da renúncia, do abandono do pecado, da vida de santidade e de separação do mundo e do andar na contra mão de tudo o que está estabelecido.
Sendo assim:
Não tem nada a ver, ser um pastor no 3º ou 4º casamento e ainda continuar à frente da Igreja;
Não tem nada a ver, frequentar uma “Balada da hora” e no outro dia com a cara lavada vir dirigir o grupo de louvor, demonstrando uma vida espiritual que jamais pensou em cultivar;
Não tem nada a ver, transformar a Igreja em uma grande discoteca com luz estroboscópica, lâmpadas coloridas e máquina de fumaça, tentando simular uma “Shekinah” que não vai se manifestar jamais nesses ambientes descomprometidos com a verdade;
Não tem nada a ver, ficar com todas as irmãzinhas que puder, desde que minha fama de “pegador” não seja abalada;
Não tem nada a ver, navegar na internet altas madrugadas em todas as cavernas e esgotos satânicos da pornografia e no outro dia estar ministrando na Igreja ou até mesmo participando da Ceia do Senhor;
Não tem nada a ver, Ser uma “Periguete Gospel” e cortejar o Pastor da Igreja com todas as minhas armas da sensualidade, erotismo “Jezabélico”, cinismo e falsa carência afetiva; vale mais cumprir minhas fantasias diabólicas secretas do que tudo o mais;
Não tem nada a ver, cobrar valores “astronômicos” para “pregar” ou “louvar”, arrancando tudo o que puder das Igrejas, afinal, os “gurus” da Teologia da Prosperidade afirmam que nós fomos chamados para nos fartar da gordura da terra e eu não posso perder essa “boquinha”;
Não tem nada a ver, fazer da minha Igreja uma “Capitania Hereditária”, uma grande teta., e arranjar empregos e um “lugar ao sol” para toda a minha parentela, pois só estou garantindo que a fonte de minhas realizações financeiras não se seque;
Não tem nada a ver, fazer minha “Orgia de Gastança” comprando carrões, casa na praia, propriedades particulares, viagens para a Disney (Arrrrrrrrrrrrfff), cruzeiros, etc.. com os dízimos e ofertas dos fiéis e no final apresentar as notas fiscais em nome da Igreja, pois está escrito que o : “trabalhador é digno de seu salário”;
Não tem nada a ver, disciplinar, excluir ou até mesmo “Excomungar” todos os obreiros que não concordam com minhas práticas abomináveis e anti-bíblicas na Igreja, pois: “Ai daquele que tocar no ungido do Senhor” e eu sou o Pastor Presidente, tenho esta prerrogativa;
Não tem nada a ver, ensinar somente mensagens de auto- ajuda, pois não conhecendo a Bíblia ninguém saberá que estou usurpando da Igreja e assim ficarei em paz;
Não tem nada a ver, ser um imoral, lascivo ou pedófilo não curado e assumir a liderança de departamentos na Igreja, afinal sou “fiel dizimista” e sei que o Pastor também não é curado em muitos pecados, se ele porventura me expuser eu jogo tudo no ventilador.
Enfim, se após o término da leitura deste artigo, você se sentir irado comigo por todas as situações expostas acima, respeito seu ponto de vista, mas tenho que lhe dizer uma verdade:
“O Céu não tem nada a ver com você.”
Volte para o Evangelho da Renúncia e da Porta Estreita, Jesus te ama e eu também.