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O Nada era uma concepção helênica daquilo que não existe por si só, mas segundo Rúbio existe uma potencialidade existencial no Nada, pois aquilo que não existe emana uma potencialidade de ser. Aquilo que ainda não foi concebido pode passar a existir, o que não é pode tornar-se.
“… Em realidade não há nada, dado que nada pode ser pensado como concretamente existente fora das coordenadas espaço-temporais; onde nada atua e nada sucede, nada é, exceto a pura possibilidade de ser.”
A existência do mundo passa a ser real à partir da Palavra Divina, o mundo criado é separado do Caos. Por intermédio da Palavra de Deus temos acesso ao mundo “Ordenado”, agora com seus dias, noites, seu trabalho e descanso. Tudo o que não era passa a existir, inclusive a luz, uma criatura de Deus. O Caos era a criação potencializada, revelado através do amor de Deus. O senhorio de Jeová é reafirmado na transformação do Caos em “Kosmos” ordenado. Como o Criador de todas as coisas tem a liberdade de dar nome à criação, comprovando sua soberania e Eterno poder, como diz Rúbio:
“Note-se também como o senhorio de Iahweh sobre as coisas criadas é realçado quando se afirma repetidamente que Ele deu nome às coisas, já que entre os semitas dar nome implica domínio sobre a realidade nomeada.”
Entenda-se, então, que o mundo e tudo o que nele existe é uma criação de Iahweh, só Deus é Deus, não se deve divinizá-lo ou sacralizá-lo.