Paródia, o Mundano Genérico

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Desde que o mundo é mundo existe existe a imitação. O então “Lúcifer” quis ser “igual” a Deus e isso lhe custou a expulsão do céu:
[…]14 Eu te coloquei com o querubim da guarda; estiveste sobre o monte santo de Deus; andaste no meio das pedras afogueadas. 15 Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que em ti se achou iniquidade. 16 Pela abundância do teu comércio o teu coração se encheu de violência, e pecaste; pelo que te lancei, profanado, fora do monte de Deus, e o querubim da guarda te expulsou do meio das pedras afogueadas. 17 Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei; diante dos reis te pus, para que te contemplem.[…] (Ez 28.14-17)
Hoje, em nome de uma “estratégia” e visando o filão “Go$$$pel” vale de tudo. Inclusive parodiar músicas mundanas.
A paródia é uma imitação, um simulacro bem humorado de uma obra, seja ela literária, filmes ou músicas; é, portanto, uma imitação com a intenção de deboche por meio da ironia. No geral a paródia se parece com a obra original, mas tem o sentido diferente. A paródia é criada, então, à partir de uma nova interpretação, da reedição e recriação de alguma obra já existente e, em geral, popularmente consagrada. O objetivo fim é adaptar a obra original, contextualizando-a, criando uma nova versão mais despojada, irreverente.
Sem a intenção de ser antipático preciso fazer algumas considerações.
Quando uma música sacra, um Hino de Adoração é criado existem muitos aspectos que entram no processo, por exemplo: Quem é o autor? Quais são suas convicções de valores? Qual é a fonte inspiradora da música? E da melodia? Em que circunstâncias foi a música criada? Está a letra de acordo com a sã Doutrina Bíblica? Os conceitos teológicos hermenêuticos correspondem às verdades da Santa Escritura? Quais os objetivos a serem alcançados com a música? Quem vai interpretar a música? Está o interprete contextualizado no “Espírito” da melodia? Etc…
Agora, tomar uma música popular de sucesso, “consagrada”, seja de qual ritmo for (não se deve satanizar um ritmo), trocar a letra da mesma por refrões e rimas sem nexo, dando uma roupagem forçada de gospel, evangélica ou algo que o valha, e achar que Deus está neste negócio é no mínimo uma “Piada”. A música não é só a letra, mas o “espirito” que ela carrega, entenda-se “espírito” como a intenção subliminar, das entrelinhas, oculta. Ainda que se troque a letra a melodia está lá. É o mesmo que pegar um pão embolorado por dentro e por fora, raspar o bolor da parte exterior (letra) passar uma maionese (nova letra) para tapar o bolor que fora removido e come-lo. O bolor interior ainda estará lá, só a maionese não tornará o pão melhor. O problema não está na aparência, no que se vê ou se escuta, no caso da música, mas o veneno está na essência, naquilo que não se vê, e é o que vai afetar a nossa alma e o nosso espírito.
Querido irmão, não troque o sagrado pelo profano, ainda que seja “engraçado”. Deus não opera na esfera do “engraçado”, do deboche, da ironia, mas na manifestação de sua Graça em nos presentear com seu Filho Jesus Cristo, autor e consumador de nossa salvação.

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