Terreiro Gospel

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Seguindo a nova tendência dos cristãos carnais, surge mais uma modalidade de entretenimento para as igrejas descomprometidas com a Palavra, a “Capoeira Gospel”, transformando a Igreja em um “Terreiro Gospel”. Das duas uma: Ou os líderes que estão à frente destas igrejas não conhecem nada de Bíblia ou conhecendo-a não querem mais ensinar a Verdade Libertadora do Evangelho, preferindo mais entreter bodes do que alimentar as ovelhas.

Com todo o respeito aos praticantes desta luta marcial originalmente brasileira, mas existem atividades que não convém mais àqueles que foram alcançados pelo Evangelho Libertador de Cristo Jesus.

O início da capoeira se dá no século XVI, quando o Brasil ainda era colônia de Portugal.
Assim que desembarcaram no Brasil, os negros africanos logo sentiram uma grande necessidade de criar mecanismos de defesa contra a hostilidade impetrada pelos colonizadores brasileiros. Não era raro serem fustigados violentamente pelos chamados senhores do engenho. Quando conseguiam ludibriar a guarda e fugiam eram perseguidos pelos capitães-do-mato, que eram conhecidos por suas formas violentas de captura.
Os negros, então escravizados, eram cerceados em todos os seus direitos e impedidos de praticar qualquer tipo de luta. Foi quando nasceu a capoeira. Mas a capoeira é muito mais do que uma simples luta.

É o que diz Françoise Batista em seu artigo entitulado : “Capoeira e Candomblé – Intimidade, Religiosidade e Cultura.”

“ (…) Expressão cultural ligada à cultura afro-brasileira a Capoeira possui uma relação muito íntima e intensa com o Candomblé, pois sua visão de mundo se expressa através dos Orixás cultuados nos rituais de Candomblé. Em algumas regiões do Brasil, muitos capoeiristas famosos ocupam lugares de destaque nestes rituais como “filhos” de entidades ou como “incorporadores” das mesmas. A semelhança que há entre a Capoeira e o Candomblé é algo impressionante e que pode ser claramente observado, pois ambos contemplam um ritual de consagração a liberdade, camaradagem e alegria e suas raízes expressam religiosidade, sensualidade, dança e cultura, elementos típicos da cultura afro-brasileira que muito enriquece a cultura do nosso país. Presente nos terreiros de Candomblé de todo o país, a Capoeira tornou-se para muitos deles uma ferramenta de resgate da cultura africana. (…)”

Se estas informações não bastam para despertar um filho de Deus quanto a esta atividade espiritualmente perniciosa, talvez o site oficial da Capoeira (www.capoeiradobrasil.com.br) possa atender sua necessidade de saber mais:

“Mestre Decânio, o mais idoso “Filho de Bimba” ainda vivo, decano da Capoeira Regional, médico e filósofo, pesquisador da capoeira, contribuiu recentemente com interessantes observações sobre a questão da origem da capoeira. Estudando os ritmos do candomblé, percebeu que o ritmo básico de Logunedê corresponde às batidas do pandeiro na capoeira. Podemos concluir: “O candomblé é a fonte mística… donde brota a magia da capoeira!” Há grande similitudes entre os movimentos da capoeira e os movimentos das danças rituais do candomblé, e outras semelhanças: no candomblé, o ritmo dos atabaques é o nexo entre “os Orixás e o Vodunce”, assim como na capoeira, o estilo do jogo acompanha a musicalidade do toque. A capoeira é o processo complexo constituído pela fusão ou caldeamento de fatores de várias origens… dos africanos herdamos os movimentos rituais fundamentais do candomblé…”

Sendo assim, preocupa-nos saber que esta atividade está adentrando nossas igrejas travestida de apenas mais uma atividade física com vistas a trazer o equilíbrio do ser e blá, blá, blá…….

O certo é que se a origem da atividade está fundamentada no Candomblé, incorporação de entidades, orixás, com todo o respeito, conhecedores da Palavra que somos, não deveríamos nem sequer “Considerar” praticá-la, como nos alerta o Apóstolo Paulo em Cl 2.8

“ (…)Tendo cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo; (…)”
E mais:

2 Co 6:14 “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?”

Ef 5:8,11 “Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz… E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as.”

Cl 1:13 “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor.”

1 Pe 2:9 “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.”
A verdade é que o que dói aos crentes carnais é a renúncia a tudo o que está estabelecido neste mundo, pois não querem de forma alguma abandonar as coisas “velhas”. Não se pode servir a Deus e ao mundo. Para o Evangelho de Jesus, que nos ensina a dar o outro lado da face àquele que nos ferir, não há lugar para “Rabo de Arraia”
Que o Senhor nos guarde deste mal.

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