O Conhecimento dentro da Metafísica de Aristóteles (Epistemologia)

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I. INTRODUÇÃO
A saga do ser humano é marcada desde os primórdios pela necessidade de conhecer.
O conhecimento está diretamente relacionado com a interação do homem com o mundo.
Quando se fala de conhecimento propõe-se a apreensão de todas informações que uma verdade pode nos transmitir. É lógico que, em certo ponto de vista, como sujeitos críticos, o homem tem a oportunidade de depreender de um princípio, todos os indícios que o levará a uma dedução a seu respeito. Não são todos os homens que têm a capacidade de compreender o todo de um objeto avaliado. Alguns conseguem compreender o todo do objeto, outros uma parte do mesmo. O importante é que: tanto o que conseguiu abstrair o todo como o que descobriu parte deste objeto em questão, complementam-se, dando, à partir dessa avaliação, uma ampliação e revitalização do objeto.
II. O CONHECIMENTO DENTRO DA METAFÍSICA DE ARISTÓTELES
2.1. O Princípio
O objeto que se coloca como a verdade a ser buscada e avaliada tem sempre um “princípio”.
Princípio é conhecido como a causa primária, a razão base ou ainda o momento que se faz alguma coisa pela primeira vez. É evidente que existe um primeiro princípio em todas as coisas e que todas causas são sequências desses princípios. Como diz Aristóteles :
“todos os termos intermediários de uma série contidos entre o primeiro e o último termo, o termo anterior é necessariamente a causa daqueles que o sucedem – porque se tivéssemos que dizer qual dos três é a causa, diríamos o primeiro. De qualquer modo não é o último termo, uma vez que o que vem no final não é a causa de nada.”
Uma maneira prática de se entender as causas de um princípio é a observação de um menino.
Um menino é um homem em potencial, ainda não é um homem plenamente realizado, estruturado, mas realizável e estruturável. É interessante ressaltar que no processo de “Se Tornar”, o objeto ou “Ser”, alguém, demanda uma transformação seja estrutural, no caso do objeto ou espiritual no caso do homem. Quando o oleiro coloca uma quantidade de massa informe de argila na roda, tem intenção de produzir, à partir dela, um vaso de ornamento; tem ele pré-concebido o novo objeto que sucederá o princípio massa informe. Para que a massa informe e inutilizável possa vir a ser um vaso precisará se dispor a estar na roda, ser manipulada pelas hábeis mãos do oleiro que lhe dará a possibilidade de ser utilizável pelo novo formato que advirá do processo. Todo oleiro tem o hábito de identificar suas peças com seu nome ou as iniciais dele, dando assim, ao vaso, uma identidade. A massa inutilizável já não existe mais, foi transformada. foi destruída a antiga natureza e estabelecida uma nova completamente diferente da primeira. Antes sem forma, valor ou identidade, agora útil, reconhecida e valorizada. Para se criar um novo à partir do primeiro deve-se “destruir” o primeiro. No caso da transformação hominal, a roda do oleiro é substituída pelo meio onde este homem está integrado. Diferentemente do princípio massa argilosa informe, todo o homem tem seu valor que deverá ser ampliado pelas mãos, não do oleiro, mas dos que conhecem a verdade ou estão em busca dela. O homem renascido, que está em busca do conhecimento não se choca com a distância que se encontra o aprendiz da verdade, mas quão próximo ele pode ser colocado da verdade após ser orientado. Não interessa o que este homem é, mas o que ele pode vir a ser.

Um princípio é reconhecido quando não é mais divisível, questionável ou mutável. Sendo assim, pode-se afirmar que os hábitos, os efeitos do costumeiro podem interferir gravemente na maneira de se conhecer. Acrescente-se a isto as diversas barreiras que se apresentam para interferir na capacidade de apreensão no processo do conhecimento. Alguns terão mais facilidade para compreender através da apresentação por diagramação, outros por meio de cálculos matemáticos, outros ainda somente serão despertados quando os argumentos do conhecimento forem apresentados por meio de ilustrações.
III. PERSPECTIVAS DO CONHECIMENTO
Não se deve começar uma investigação sem primeiro elencar as questões que circundarão a pesquisa tais como: opiniões conflitantes, experiências anteriores de pesquisadores, etc.

As dificuldades que sobrevirão não podem amarrar aquele que busca o conhecimento. Todos os obstáculos devem servir como estímulo, pois no final do processo este indivíduo terá maior valor de juízo.

As observações preliminares são as primeiras a serem consideradas.
Nelas se estabelece a que natureza cada uma das observações serão classificadas.
Outra investigação digna de ser averiguada é aquela relacionada com a substância do objeto.
As substâncias podem ser percebidas ou não percebidas.

Quando se avalia a substância do objeto é preciso identificar se aquilo que se conhece dela, aquilo que depreendo dela, aquilo que ela diz de si mesma, foi percebido pelos sentidos emocionais ou, espirituais.

A substância percebida tem a capacidade de inteirar-se com a alma do homem, centro de todas as suas emoções; será analisada de acordo com os dados que formam o sujeito. A dedução da mesma pode variar de acordo com a capacidade analítica deste homem com relação aos indícios dela.

A substância não percebida é aquela que, de alguma maneira não despertou os sentidos do sujeito, não foi capaz de inteirar-se com os dados cognoscentes do sujeito, não está armazenada como um dado conhecido na alma deste. Não é necessário que o sujeito conheça a totalidade da substância para lhe despertar os sentidos, se conhecê-la somente em parte já será o suficiente para tocá-lo; o que foi percebido por Aristóteles:
“…dizemos que aquele que conhece uma coisa por ser ela alguma coisa, conhece mais do que aquele que a reconhece por não ser alguma coisa; e mesmo no primeiro caso, uma pessoa conhece mais do que outra pessoa – e conhece mais do que todas aquela que conhece seu tamanho, qualidade ou capacidade natural de atuar ou ser objeto de ação
Outra questão a ser considerada está relacionada a qual ciência deverá estudar o princípio estudado? Será uma só ciência ou mais de uma que poderão avaliar? Se existe uma ciência específica para estudar um princípio deve-se observar tudo o que já foi descoberto e demonstrado com respeito a ele. Se houverem axiomas com respeito ao objeto estes devem ser usados como os parâmetros da pesquisa. Se existem axiomas referentes a um princípio, existe, então, uma ciência que o estudou, concluindo-se, assim, que para cada princípio existe uma ciência apta a discerni-lo, à mesma conclusão chegou Aristóteles:
“Assim, especular os atributos essenciais relacionados ao mesmo gênero é a função da mesma ciência procedente das mesmas crenças, isto porque o assunto pertence a uma ciência, o mesmo ocorrendo com os axiomas; quer pertençam à mesma ciência quer a uma diferente; identicamente quanto aos atributos, quer sejam especulados por essas próprias ciências, quer por uma que seja delas derivadas.
Todo sujeito, ao considerar um princípio, deve distinguir não somente a substância deste bem como seus atributos. Pois ao se avaliar os atributos considerar-se-á as formas, a constituição, suas linhas, etc. Um bom exemplo seria a observação a uma esfera de aço; a esfera, considerada esfera, o é por sua forma externa, linhas, superfície e diâmetro, ou entende-se por esfera a sua massa e peso? Se considerar as características externas tais como: linha, superfície, diâmetro etc, a ciência afim a esses princípios é a geometria, por outro lado se o considerado da esfera for seu peso, massa e constituição da substância interna que a forma, a química avaliará. Se esta mesma esfera estivesse em movimento, e se houvesse interesse em se descobrir o por quê de seu movimento, bem como sua trajetória nesse movimento o auxílio científico viria da física e matemática.
Existe ainda um entendimento com respeito as substâncias que são desconectadas do universo sensível, e que , de certa forma, são sombras das coisas sensíveis. A diferença está em que as coisas do universo sensível são perecíveis e as não constituintes deste universo são eternas; aquelas efêmeras e fugazes estas permanentes e marcantes.
3.1. Os Gêneros
É através da definição que se chega ao conhecimento das coisas. Os gêneros são os primeiros princípios das definições, sendo assim, estes serão também os primeiros princípios das coisas definidas. Entenda-se por gênero a unidade da substância, ou o ser, como definiu Aristóteles:
“E se obter conhecimento das coisas é o obter da espécie de acordo com a qual as coisas são nomeadas, os gêneros são primeiros princípios da espécie. E, aparentemente, alguns, mesmo entre os que chamam a unidade ou o ser, ou o grande e o pequeno, de elemento das coisas, tratam-nos como gêneros”
Uma substância somente será considerada um gênero se for um primeiro princípio, sendo assim tudo o que for predicado deste princípio, ou deste gênero será inferior a ele. Entenda-se também que o predicado de um princípio não pode existir à parte dele. Algo que não se chegou a conclusão alguma, seja por pensadores contemporâneos de Aristóteles, seja por outros de outras épocas é o seguinte:
“Há uma dificuldade, tão séria como qualquer outra, que foi desconsiderada tanto pelos atuais pensadores quanto por seus predecessores, a saber: se os primeiros princípios das coisas perecíveis e imperecíveis são idênticos ou distintos. Com efeito, se são idênticos, como algumas coisas são perecíveis e outras imperecíveis, e qual a causa disso?”
Tendo-se em vista que não existe um posicionamento com relação ao exposto pode-se afirmar, então, evidentemente que as causas e efeitos das coisas não são idênticos.
3.2 O Conflito
Na busca pelo conhecimento o homem sempre se deparará com o desconhecido. Este encontro culmina em um acentuado sentimento de impotência por “não saber o que é” ou, “o que não é”, ou ainda “ o que pode vir a ser”.

Uma das características do conflito é o barulho, seja em uma guerra entre nações ou em um embate de pensadores, os ruído, na tentativa da prevalência das ideias, serão constantes. É verdade que o pensamento prevalecente não será a glória de quem mais gritou, mas daquele que sabiamente soube argumentar e convencer o contendor.
IV. O PRINCÍPIO NO CONHECIMENTO
Tudo o que origina uma coisa ou á partir da qual dispara um movimento é considerado como princípio. Aplicando-se ao conhecimento e ao aprendizado o princípio nem sempre se refere ao assunto proposto, uma vez que sua definição está relacionada com “ aquilo que dispara um movimento”. O movimento aqui representa a mudança de concepções ou mesmo posicionamentos com relação ao que se desconhecia ou que era conhecido em parte. O apóstolo Paulo faz referência a esse movimento aplicado a uma mudança de posição disparado pela revelação das eternas verdades bíblicas:
“ porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos;
mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido. (ICo 13.9-12)
Em virtude de seus profundos conhecimentos filosóficos, e, soma-se a este fato que contextualmente esta epístola tenha sido direcionada a um povo helenizado, conhecedores dos vários segmentos inquiridores de sua época, Paulo sabiamente faz um paralelo aludindo a quem ele era “antes de conhecer” e sua passagem pelas várias fases de aprendizado que culminaram com uma brusca mudança de posicionamentos que o tornaram em um ser “adulto”. O domínio do princípio muda a fala, a articulação com respeito a ele. Incrementa-se a argumentação. As sensações são ampliadas, pois o conhecedor não observa mais o objeto de dentro de uma cratera, mas sim de sobre uma plataforma que foi edificada pelas coisas novas que passa a conhecer. Seus pensamentos não estão atrelados mais àquilo que foi estabelecido por outros, mas o novo sujeito, observador, inquiridor, tem a capacidade de representar todas as nuances de um princípio. O conhecimento do princípio transforma não somente a visão primitiva que se tinha do objeto como também o sujeito que o observa.
4.1. A Causa.
No processo do conhecimento a causa tem um valor preponderante diante de todos os outros termos a si aplicáveis. Sendo a causa aquilo que determina a existência de uma coisa, um motivo, uma razão para a existência de algo, atrelada ao princípio é o ‘dínamo” que redundará nos vários movimentos do aprendizado. Com respeito à causa formula Aristóteles:
“Causa significa [a] aquilo em função de cuja presença alguma coisa vem a ser,…[b] a forma ou modelo, isto é, a fórmula da essência e as classes que a contêm…[c] aquilo que procede, o primeiro princípio da mudança (transformação) ou o repouso, por exemplo o homem que delibera é uma causa, e o pai uma causa do filho, e em geral aquilo que produz é a causa daquilo que é produzido…”
Podem existir diversos tipos de causas, sendo que uma pode ser a causa de outras, bem como do contrário, a ausência de uma causa pode ser a causa de outra, por exemplo: um médico que comete um erro durante uma cirurgia que culminará com a morte de seu paciente sofrerá sanções, sejam de outros profissionais, sejam de pacientes que cancelarão cirurgias já agendadas. A falta de habilidade resultou em redução ou quase inexistência de pacientes. Assim também se dá no processo do conhecimento, a existência de bons mestres somados a oportunidade de ler bons livros mais a determinação de um aluno em aprender serão a causa de um profissional de sucesso, do contrário a causa do infortúnio.
4.2. O Elemento
O elemento representa cada parte da substância o qual não pode ser decomposto. Um elemento de uma substância, uma vez destacado, é parte desta substância, porém não é a substância. Utiliza-se o termo “elemento” na análise de um objeto quando de um todo se quer destacar a parte, pois não se conhece o todo pelo todo, como diz Platão, mas fragmentando-o , fracionando-o podemos depreender em que consiste a substância, o princípio em apreço. É também classificado como elemento a pequena parte da fragmentação do objeto que se prestará a vários propósitos, ou como declara Aristóteles:
“…o termo elemento é também empregado metaforicamente a qualquer pequena unidade que se presta a vários propósitos – e, em decorrência disso, aquilo que é pequeno, ou simples, ou indivisível é classificado como um elemento”
4.3. A Natureza
A natureza significa o conjunto das leis que presidem à existência das coisas e à sucessão dos seres; força ativa que estabeleceu e conserva a ordem natural de quanto existe, conjunto de todas as coisas criadas; o universo; aquilo que constitui um ser em geral, criado ou incriado. essência ou condição própria de um ser ou de uma coisa. Pode ser ainda compreendida como a constituição de um corpo. Alguns há que classificam os elementos fogo, terra, o ar ou a água como sendo natureza (elementos dos objetos naturais).
No processo dedutivo do conhecimento deve-se observar que aquilo que é derivado, gerado de uma substância não tem a natureza, a não ser que tenham mantido na transformação, no vir a ser, as características da mesma. Já os derivados que mantêm as características forma e aparência, existe por natureza; um exemplo são os seres vivos e suas partes.

Aristóteles assim ratifica:

“Consequentemente, com relação a coisas que são ou são geradas (vêm a ser) pela natureza, embora aquilo de que naturalmente são geradas (vêm a ser) ou são já esteja presente, dizemos que não têm ainda sua natureza, a menos que tenham a forma e a aparência.
4.4. O Necessário
O necessário representa aquilo que em virtude de sua ausência, como condição primordial, a vida é inexistente e impossível.. Um exemplo é a alimentação; é inconcebível a existência do ser vivo sem uma alimentação regular. O necessário está diretamente relacionado com a possibilidade do bem ser ou ainda, vir a ser. Ainda no processo do conhecimento, o necessário é exatamente o impedimento para o processo do movimento ocorrer ou não. Nesta sequência de pensamentos Aristóteles destaca:
“Também aquilo que não é possível ser de outra maneira, dizemos ser necessariamente assim”
4.5. O Termo Um (Uno)
É necessário, dentro da busca pelo conhecimento, a identificação do termo no objeto de pesquisa.
O termo é aplicado à continuidade das substâncias. Quando se faz referência a uma pessoa e lhe adjetiva algumas qualidades diz-se que acidentalmente os termos qualitativos que foram aplicados à referida pessoa são unos, embora sejam mais de um. Por outro lado quando se faz referência a um gênero : homem e homem sábio, ambos são os mesmos, ou porque sábio é um acidente de homem (considerado uma substância) ou porque os dois termos são acidentes de algum indivíduo, no caso homem. Consequentemente não pertencem a ele (homem) de igual modo, isto porque um termo supostamente lhe pertence como gênero, o outro termo (sábio) como estado ou paixão da substância. Conclui Aristóteles:
“Portanto , as coisas chamadas de unas por acidente, assim o são”
Deve-se verificar ainda com relação as coisa “unas” se seu gênero é “uno”, mas se distinguem nas suas diferenças opostas. Classifiquemos o homem , o marreco e o peixe; os três são, num certo sentido, unos (um), pois os três são seres vivos, porém diferenciam-se em gênero. Pode-se ainda afirmar que coisas completamente contínuas são unas mesmo se possuírem uma articulação; exemplo: o braço e o ante braço.
O uno ainda pode ser classificado quanto sua uniformidade. Por fim a essência do uno é uma espécie de ponto de partida do número; por outro lado, a primeira medida é um ponto de partida, como afirma Aristóteles:
“porque o nosso instrumento inicial de obtenção de conhecimento de uma coisa é a primeira medida de cada classe de objetos; o uno, então, é o ponto de partida do que é cognoscível no tocante a cada coisa particular”
V. ELEMENTOS ESSENCIAIS NO CONHECIMENTO

5.1. O Ser

Assim define Aristóteles a questão do Ser :
“O ser significa [a] o ser acidental, [b] o ser por si mesmo (ou seja, por sua própria natureza)
O conhecimento é dado pelo reconhecimento da coisa ou do ser. Com relação ao ser este reconhecimento buscará o “ser acidental” ou “o ser por si mesmo”.
O ser é acidental quando os predicados aplicados a ele têm a funcionalidade qualitativa, fazendo-o ser ou não ser aquilo que a ele é referido.

O ser por si mesmo é reconhecido pela figura de predicação, multiplicando-se estas tantas quantas forem, sejam suas qualidades, quantidade, sua relação, sua atividade, ou ação, a paixão (ou passividade), seu lugar ou seu tempo. A cada uma destas figuras corresponde um sentido do ser. Entendendo-se estes termos depreende-se que: Ser e É significam que uma coisa é verdadeira, e não ser que é falsa.
5.2. A Substância
A capacidade humana de abstrair as informações do objeto leva-o a identifica-lo e classificá-lo dos demais pela substância que possui. Substância é aquilo que subsiste por si, sem dependência de quaisquer outros elementos acidentais, pode ser entendida também como a matéria de que se formam os corpos, ou no caso dos alimentos sua parte mais nutritiva. Relacionada ao conhecimento, e na busca deste, é a parte mais pura e mais particularmente apta para algum uso; essência. Tudo o que se observa é a manifestação da substância, que estando presente no objeto o torna real, apreensível e, compreensível.
5.3. O Mesmo, o Semelhante e o Oposto
Diz-se que as coisas são as mesmas quando há uma idêntica quantidade de características na confrontação de duas ou mais. No processo do conhecimento o sujeito sempre avaliará os objetos de acordo com os dados cognoscentes situados em sua alma. Se os pontos observados destes objetos como: atributo, dimensão e forma coincidirem com as informações que este sujeito possui dir-se-á que são o mesmo ou semelhantes, do contrário diz-se dessemelhantes. Quando a observação registra pontos completamente discordantes, contraditórios, contrários e completamente ausentes no objeto comparado, este será conhecido como oposto, como discorre Aristóteles:
“E são chamadas de opostas as coisas que não podem estar presentes simultaneamente naquilo que é receptivo a ambas – elas próprias ou seus constituintes. Cinza e branco não se aplicam simultaneamente à mesma coisa, de modo que seus constituintes são opostos.”
5.4. O Contrário e Outras
Na busca pelo conhecimento contrário é aplicável às coisas que estão em oposição total; antagônico, coisas que se chocam, uma coisa incompatível com outra, diz-se de proposições opostas, ambas universais, uma afirmativa, outra negativa, p. ex.: “Todos os homens são mortais”, “Nenhum homem é mortal”; o côncavo e o convexo. Com referência às proposições contrárias Aristóteles diz:
“Chamamos de contrários [a] os atributos diferentes no gênero que não são aplicáveis simultaneamente à mesma coisa; [b] os atributos mais diferentes no mesmo gênero; [c] os atributos mais diferentes no mesmo material receptivo; [d] os mais diferentes atributos que se enquadram na mesma capacidade; [e] as coisas cuja diferença é maior absolutamente, do ponto de vista do gênero ou daquele da espécie.”
As coisas são compreendidas como outras quando pertencentes ao mesmo gênero são diferentes quanto a espécie, exemplo: o homem é do gênero animal, o elefante também, porém existe uma barreira entre as espécies que os tornam outro. O macaco da espécie Rhesus foi o animal utilizado para se descobrir o fator sanguíneo do ser humano, por outro lado, embora sendo do mesmo gênero, animal, é impossível subordinar o homem a este animal; são de espécies diversas que os tornam outro entre si.
5.5. O Anterior e o Posterior
Se entende o que é anterior sujeitando-se aquilo que se está considerando com sua proximidade ao ponto de partida do que se está determinando. Se conhece que uma coisa é anterior, espacialmente falando, quando ela se encontra próxima a algum ponto considerado, ou em relação a outro objeto, ou ainda com relação ao meio ou ao extremo. Aquilo que está mais distante é conhecido como posterior. Se está se considerando o tempo, alguns fatos são anteriores por estarem distantes do tempo presente, é o aplicável aos tempos passados. Algumas outras coisas por estarem mais próximas do presente, com relação aos acontecimentos futuros, exemplo: As olimpíadas de Pequim são anteriores à Copa do mundo de 2014 que será sediada no Brasil. Aristóteles diz que uma coisa pode ainda ser anterior com relação ao movimento e quanto a potência:
“Outras coisas [c] são anteriores no movimento (de fato, aquilo que está mais próximo do primeiro motor é anterior – por exemplo, o menino é anterior ao homem). Isso é também um ponto de partida num sentido absoluto. Outras coisas são [d] anteriores em potência, uma vez que aquilo que é superior em potência, ou seja, o mais potente, é anterior; é aquilo de acordo com cuja deliberação o outro, isto é, o posterior, tem que dar sequência, de maneira que dependendo do primeiro (anterior) mover ou não mover, o segundo (posterior) é ou não é movido”
Entende-se esta afirmativa quando se conhece uma boa ação praticada por um homem. A boa ação não existe por si, o ato foi manifesto porque o homem era potencialmente bom, não existe verdadeira bondade se o bem não for o potencializador dela no homem.
Posterior é tudo aquilo que se localiza após, ulteriormente a um ponto ou tempo considerado. Espacialmente o ponto ou objeto mais distante da referência. Aplicando-se ao tempo passado, o posterior é o tempo mais próximo do presente se considerado com outro anterior.
5.6. O Potente e o Impotente
Se conhece que uma coisa é potente quando não existe outra, ou nem ela mesma possua uma potência ou substância que a destrua. Uma caixa acústica é potente enquanto emite um som de oitenta decibéis. Deixará de sê-lo quando próxima a ela for ligada outra caixa acústica com duzentos decibéis. A potência da segunda aniquilou a primeira tornando-a impotente com relação a seu primeiro estado. Existem algumas coisas denominadas impotentes em um sentido distinto, chamadas de impotentes possíveis e impossíveis. Aristóteles diz:
“Impossível significa aquilo cujo contrário é necessariamente verdadeiro, por exemplo é impossível que a diagonal de um quadrado seja comensurável com os lados, uma vez que esta afirmação é uma falsidade cujo contrário não só é verdadeiro como necessário. Daí essa comensurabilidade ser não somente uma falsidade, como também necessariamente uma falsidade. Quanto ao contrário do impossível, ou seja, o possível, é encontrado quando o contrário não é necessariamente uma falsidade, por exemplo é possível que um homem esteja sentado, uma vez que não é necessariamente uma falsidade não estar ele sentado. Possível, portanto, significa em um sentido, como indicamos, (1) aquilo que não é necessariamente uma falsidade, num outro sentido (2) aquilo que é verdadeiro, e num outro (3) aquilo que tem a possibilidade de ser verdadeiro”
Nesse sentido o termo impotente é aplicado analiticamente. Define-se, então, em princípio, que o termo potência é aquilo que tem a propriedade de causar mudança em alguma coisa diferente daquela na qual ocorre a mudança, ou em si mesma enquanto outra.
5.7. A Quantidade
Quando se quer conhecer uma coisa não é possível conhecê-la num todo, como retro explicada. A capacidade de compreensão do homem está relacionada com a fragmentação daquilo que está sendo analisado. Essas constituintes do todo que são fragmentadas serão agora consideradas, naturalmente, como individuais. A soma dos fragmentos não contínuos constitui-se a pluralidade . Por outro lado o potencialmente divisível em partes contínuas é denominado grandeza. Quanto à grandeza diz Aristóteles:
“…aquilo que é contínuo em uma direção é o comprimento, o que o é em duas, a largura, e o que é contínuo em três direções é a profundidade. Em relação a estas, a pluralidade limitada é um número, o comprimento limitado é uma linha; a largura uma superfície; a profundidade, um corpo.”
As coisas analisadas ainda podem ser essencialmente quantitativas e outras apenas acidentalmente. A fração de uma linha é mensuravelmente quantitativa e inteligente é quantitativo acidentalmente. É possível medir a fração da linha e chegar-se a um número exato de suas dimensões, por outro lado ainda que exista um mecanismo técnico para se avaliar o Quociente de Inteligência (QI) do ser humano, jamais se chegará a um valor exato que exprimirá a plena capacidade intelectual do indivíduo. A linha é mensurável quantitativamente em função de sua substância o inteligente por sua mudança de estado e transformações.
5.8. A Qualidade
A qualidade daquilo que se avalia no processo do conhecimento, não deve ser considerada somente em relação ao seu estado de apresentação diante de outro que se está comparando. O termo qualidade amplia-se também como a diferença entre substâncias. Exemplo: O homem é um ser pensante que tem sua qualidade, o rato também tem sua qualidade pelo fato de ser irracional. Está claramente demonstrado nesse exemplo que a diferença de substância demonstra a qualidade do homem e do rato. Matematicamente a qualidade significa aquilo que existe além da quantidade na substância [dos números], sabendo-se que a substância de cada número é ele mesmo multiplicado por um.
Aplica-se o termo qualidade para se distinguir também a virtude e o vício, e quando particularmente relacionadas às coisas animadas dotadas de vontade, bom e mau.
5.9. As Coisas Relativas
Se diz que uma coisa é relativa quando, de alguma forma, ela está sendo ou foi relacionada, confrontada ou comparada a outra com o intuito de se confirmar e estabelecer um novo parecer ou princípio. O relativo pode ser aplicado às coisas ativas e passivas. Exemplo: aquilo que corta pode ser relacionado com aquilo que está sendo cortado; aquilo que está aquecendo é relativo ao que está sendo aquecido. Complementando o pensamento diz Aristóteles:
“As coisas são relativas no sentido [a] em que o dobro é relativo à metade e o triplo é relativo a um terço, e em geral o muitas vezes maior ao muitas vezes menor e aquilo que ultrapassa ao que é ultrapassado. [b] No sentido em que a coisa que aquece ou corta é relativa à aquecida ou cortada; e, em geral, a [relação] do ativo com o passivo. [c] no sentido em que o mensurável [é relativo] à medida, e o cognoscível [é relativo] ao conhecimento, e o sensível [é relativo] à sensação.”
5.10. O Completo
É Conhecido por completo aquilo que tem todas as partes; preenchido, concluído, total, perfeito, inteiro. Aquilo que não pode ser ultrapassado em seu gênero. Se em uma tarefa quando executado o seu cumprimento na totalidade, se for considerada a expectativa quanto a alguma coisa, quando esta for satisfeita. O termo pode ainda ser aplicado a uma coisa ou sujeito quando se quer estender o seu significado tanto para o bem quanto para o mal; exemplos: a) forma positiva: este médico é perfeito; b) forma negativa: este é um perfeito cafajeste. As coisas também podem ser classificadas como perfeitas quando atingirem seu fim. Considerando-se a vida de um homem, esta se completa com a morte, que é o seu fim. Como define Aristóteles :
“Em decorrência disto, visto que o fim é algo extremo, entendemos o significado da palavra para coisas más e falamos que alguma coisa má está completamente arruinada e completamente destruída quando nada falta para a sua destruição e para o seu mal, e haja alcançado um extremo. Esta é a razão porque chama-se a morte, num sentido figurado, de o fim, porque ambos são coisas extremas. E o objeto extremo da ação também é um fim.”
5.11. O Limite
Dentro do conhecimento limite é entendido como uma linha ou ponto divisório; linha de demarcação, fronteira natural que separa uma coisa da outra ou mesmo um país de outro; um marco. Nas ciências matemáticas limite é a grandeza constante, de que uma variável se pode aproximar indefinidamente, sem atingi-la jamais. Pode ser considerado também o extremo do conhecimento que se tem de uma coisa enquanto substância. É por outro lado a própria substância de cada coisa, pois tudo o que foi depreendido dela e todo o conhecimento que se tem dela está inserido em seu limite. Como argumenta Aristóteles:
“Limite significa a parte mais remota de cada coisa, o primeiro ponto fora do qual não pode ser encontrada nenhuma parte de uma coisa, e o primeiro ponto dentro do qual estão contidas todas as partes…o fim (extremo) de cada coisa (sendo este fim aquele para o qual convergem o movimento e a ação, e não o fim de que procedem, embora por vezes sejam ambos – tanto o fim do qual procedem quanto aquele para o qual convergem, ou seja, a causa final.”
5.12. A Disposição
Somente se conhece uma coisa, como sendo ela mesma em substância, forma e gênero, quando suas partes estão arranjadas, dispostas, ordenadas exatamente da maneira em que é conhecida, tal como afirma Aristóteles:
“Disposição significa arranjo daquilo que possui partes, ou no que se refere ao espaço, à potência ou à forma. É necessário que seja uma certa posição, como [a propósito] é claramente indicado pela [própria] palavra disposição.”
5.13. A Posse
A posse pode ser definida como a retenção ou fruição de uma coisa ou de um direito bem como o estado de quem frui uma coisa, ou a tem seu poder. Somente existirá a posse se houver um confronto entre o possuidor e a coisa possuída. O possuidor tem a posse; a coisa possuída não. Neste caso existe um elo, um vínculo que os une. No entanto é impossível possuir a posse, pois esta é a atividade do possuidor e a coisa possuída. Quanto a isso diz Aristóteles:
“Fica claro, então, que é impossível possuir uma posse nesse sentido, pois teríamos uma série infinita se nos fosse possível possuir a posse do que temos.”
5.14. A Paixão
A Paixão não é somente o movimento impetuoso da alma para o bem ou para o mal. Este termo segundo Aristóteles é :
“uma qualidade em função da qual torna-se possível a alteração, por exemplo entre a brancura e a negrura, a doçura e o amargor, o peso e a leveza.”
O termo paixão é proveniente da palavra grega “παθός”, que no seu significado original está mais relacionado ao profundo sentimento da alma inflamado pelas concupiscências da carne. O vocábulo também é utilizado às experiências extremas, desastrosas e penosas do ser humano.
5.15. A Privação
Entende-se por privação aquele ou aquilo que esta impedido de ter a posse ou gozo de alguma coisa ou de algum bem. Nem tudo o que, à primeira vista, é classificado privado de algo o é, por exemplo: uma rosa não possui visão porque em seu gênero e espécie ela é privada de olhos. Conclui-se que ela não é cega, pois não tem olhos, assim, não tem privação de visão. Com respeito a um homem cego, ele não é privado de visão como o é e uma cobra cega. A cobra cega é privada de visão tendo-se em vista seu próprio gênero, enquanto o homem o é por conta de si mesmo.
5.16. O Ter
O termo Ter tem uma multiplicidade de sentidos, quando relacionado de acordo com a própria natureza ou impulso aplica-se a dor possui o homem, e que invasores possuem aldeias. Aplicado com se tendo alguma coisa que está presente na qualidade de material receptivo por exemplo: o ferro possui a estátua, e o corpo tem a dor. Quando aquilo que contém tem o contido, exemplo: uma cidade tem pessoas, a bacia tem líquido. A palavra é utilizada ao que impede o movimento ou ação de alguma coisa em conformidade com seu próprio impulso, como diz Aristóteles:
“A mesma palavra [ter] é aplicada ao que impede o movimento ou ação de alguma coisa em conformidade com seu próprio impulso, como as colunas têm os pesos a elas impostos, e como os poetas fazem Atlas ter o céu [sobre os ombros], visto que se assim não fosse, o céu despencaria sobre a terra…”
5.17. A Parte
Em sua odisseia na caça ao conhecimento o homem deparará com a parte daquilo que está sendo o seu objeto de avaliação. Parte é a porção de um todo, uma fração. É aquilo que, de alguma maneira, pode ser uma quantidade dividida. Sempre que se tira uma porção de uma quantidade se remove uma parte da quantidade. Pode haver todo sem a parte, porém jamais existirá a parte sem o todo.
5.18. O Todo
Com respeito ao todo diz Aristóteles:
“todo significa [a] aquilo de que não está ausente nenhuma das partes das que se diz ser ele naturalmente o todo; conteúdo. [b] aquilo que de tal modo contém as coisas que constituem seu conteúdo e que formam uma unidade.”
Tudo aquilo que é contínuo e limitado é um todo sempre que for uma unidade composta de múltiplas partes. No todo está a essência, mas somente será conhecida quando este for fracionado e analisado.
5.19. O Diferente
Conhecendo-se o gênero como aquela coisa que possui geração contínua de coisas detentoras de mesma forma, bem como aquilo de que as coisas extraem seu ser na qualidade de primeiro causador de movimento ou ainda, enquanto matéria, aquilo a que diz respeito a diferença e qualidade, é o substrato, a que atribuímos o nome de matéria interpõe-se o diferente, que segundo Aristóteles é assim classificado:
“Classifica-se como diferente do ponto de vista do gênero as coisas cujos substratos imediatos são diferentes e que são indecomponíveis (indissolúveis) quer uma na outra, quer ambas na mesma coisa; por exemplo, forma e matéria são diferentes do ponto de vista do gênero, bem como todas as coisas pertencentes a diferentes categorias do ser, já que algumas das coisas das quais se predica o ser denotam essência, ao passo que outras denotam uma qualidade, e outras [ainda] as demais diversas categorias antes distinguidas, as quais também são indecomponíveis entre si ou em qualquer outra coisa”
5.20. O Falso
Conhece-se o falso por este ser o oposto da verdade, o inexato, o infundado, aquilo em que há mentira, inverdade ou o que não é verdadeiro. O falso não tem condições de ser substancializado. Os argumentos são pobres. O caminho para identificar uma inverdade passa pela reunião de conhecimentos que se tem de um tema, neste caso sobre a própria ciência que estuda a coisa analisada tais como: do método científico: a concepção de experiências significativas, a avaliação de alternativas, o requisito de prova, a comprovação experimental de hipóteses e a construção de teorias, abordagem que embasará o que se diz da coisa ou do fenômeno considerado. Uma vez analisados os argumentos chegar-se-á a conclusões fidedignas e relevantes se estes forem verdadeiros e do contrário serão consideradas falsas. Toda definição de alguma coisa está diretamente relacionada a ela, sendo intransferível a outras de natureza e essências diversas, como discorre Aristóteles:

“Uma falsa enunciação é a enunciação do que não é, na medida em que a enunciação é falsa. Daí toda a definição é falsa quando se referir a qualquer outra coisa distinta daquilo de que ela é verdadeira – por exemplo, a definição de um círculo é falsa se aplicada a um triângulo. Num certo sentido, há somente uma definição de cada coisa, ou seja a de sua essência”
5.21. O Acidente
O que acontece a alguma coisa, sem constituir elemento essencial ou usem derivar de sua natureza essencial, é o acidente, o acidental. Aristóteles definiu-o como “algo” que – apesar de não ser definição, nem propriedade nem gênero – pertence à coisa; algo que pode ou não pertencer à mesma coisa – como, por exemplo, a postura “estar sentado” pode pertencer ou não a um mesmo ser em concreto. O acidente também, por definição, é aquilo que, embora vinculado a um fato não o caracteriza, necessariamente, como parte ou episódio deste. Sobre isto discorre Aristóteles:

“Acidente significa aquilo que se vincula a alguma coisa e pode ser verdadeiramente afirmado, mas isto nem necessária nem usualmente, como, por exemplo, quando estivesse alguém cavando um buraco para uma planta, encontrasse um tesouro. A descoberta do tesouro seria um acidente para aquele que estivesse cavando o buraco, visto que uma coisa não é uma consequência ou sequência necessária da outra e, tampouco, não se costuma encontrar um tesouro enquanto se planta.”
VI. CONCLUSÃO
O conhecimento sem a reflexão e a analise não passa de um banco de informações. Depreende-se nesta pesquisa que diferentemente do computador, que é um banco de informações, o homem não só tem a capacidade de sê-lo como superá-lo infinitamente, sendo capaz de avaliar, confrontar, analisar, ampliar, aplicar e representar todas estas informações. O conhecimento pode ainda ser aprendido e “apreendido” como um processo ou como um produto. Quando nos referimos a uma acumulação de teorias, ideias e conceitos o conhecimento surge como um produto resultante dessas aprendizagens, mas como todo produto é indissociável de um processo, podemos então olhar o conhecimento como uma atividade intelectual através da qual é feita a apreensão de algo exterior à pessoa, pois é científico, prático e técnico.

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